“A arte diz o indízivel; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível. Leonardo da Vinci”

Tony Cragg no MuBE

Tony Cragg, britânico radicado na Alemanha, está entre os mais importantes escultores da atualidade e é um dos raros artistas que trabalha com grande diversidade de materiais e revela familiaridade com todos eles.

A mostra apresentada no MuBE, além de desenhos, trouxe esculturas em madeira, bronze, aço, pedra, alumínio e vidro. Sua produção nos revela uma relação íntima entre os materiais escolhidos e a aparência final de cada peça, mesmo que algumas cores fortes talvez nos iludam.

Ao lado de desenhos, campo do exercício do pensamento, as obras tridimensionais do artista ganham uma história, como se pudéssemos ver as linhas e os planos que deram origem às suas estruturas. O desenho, mesmo que tenha sua autonomia como obra, é uma espécie de matriz do pensamento e também um desdobramento de sua pesquisa visual. Elaborada para o MuBE, a mostra, que irá itinerar em outras instituições pelo Brasil, apresenta um recorte que enfatiza obras realizadas desde os anos 2000, mas traz ainda peças fundamentais feitas na década de 1990. O MuBE, ao apresentar um dos mais premiados artistas do mundo, está colaborando para ampliar não apenas o repertório e o olhar sobre a escultura contemporânea, mas também para a reflexão sobre a ocupação do espaço.

Tony Cragg não parece partir da oposição entre figuração e abstração. Essa divisão simplista não é suficiente para a experiência que temos com sua obra. Mesmo que o corpo humano, objetos familiares ou paisagens imaginárias possam ser identificados em alguns de seus trabalhos, suas esculturas nunca perdem a ambiguidade originária. Os títulos indicam caminhos para aproximações, mas não deixam de abrir outras possibilidades e manter algo de indeterminado. Suas formas são simultaneamente naturais e artificiais, orgânicas e geométricas, simples e elaboradas.

Serviço Tony Cragg - Especies raras

Abertura: Fechada

Visitação: Encerrada

MuBE (Museu Brasileiro da Escultura e da Ecologia): Rua Alemanha,221 - SP.

Entrada gratuita

fonte:MuBe

Ecologia no MuBE

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fotos:Marcus Vinicius A. Camargo

MuBE (Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia) apresentou a mostra “Ambiental: arte e movimentos”. Com curadoria de Cauê Alves, curador chefe do Museu, e Marcia Hirota, diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, a exposição, reuniu trabalhos de 22 artistas, entre desenhos, pinturas, fotografias e instalações que dialogam direta e indiretamente com questões ecológicas, também abriu espaço para que organizações socioambientais apresentassem suas ideias e ações.

A coletiva trazia obras de artistas como Alexandre da Cunha, Arthur Lescher, Brígida Baltar, Cláudia Jaguaribe, Dudi Maia Rosa, Luiz Zerbini, Pedro Motta e Rodrigo Bueno. A convite do MuBE, as organizações Fundação SOS Mata Atlântica, Greenpeace, Instituto Socioambiental (ISA), Fundação Pró-Tamar, Save-Brasil e WWF-Brasil ocuparam a área externa do MuBE no dia da abertura e na tradicional feira dominical, trazendo uma série de ações ao longo do período expositivo.

A mostra teve como objetivo reafirmar o papel do Museu no debate das questões do meio ambiente. O MuBE nasceu da organização da sociedade civil, em pleno processo de abertura política no final da década de 1980, em defesa da qualidade de vida na cidade e da preservação do verde. “Temos enfatizado um olhar contemporâneo sobre a arte para ampliar o entendimento das pessoas sobre a ocupação do espaço e incorporando as expressões que dialogam com nosso ambiente”, afirma Cauê Alves.

Serviço Ambiental: arte e movimentos
Abertura: 31/08/19 (encerrada)

MuBE (Museu Brasileiro da Escultura e da Ecologia): Rua Alemanha, 221 - SP

fonte:MuBe